terça-feira, 5 de agosto de 2014

Notícias do mundo Telecom: A GVT pode concentrar ainda mais o mercado, caso seja vendida.

Oferta da Telefônica pela GVT pode concentrar ainda mais o mercado, diz ministro Paulo Bernardo

SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira, durante a abertura da 22ª edição da Feira e Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) que o governo está preocupado com a oferta de R$ 20 bilhões feita pela Telefônica para aquisição da operadora brasileira especializada em banda larga GVT. Segundo o ministro, esses movimentos que são entendidos como 'consolidação do setor' acabam concentrando ainda mais o mercado. Com isso, os consumidores saem prejudicados, já que ficam com menos opções de serviços.
— É um negócio muito relevante (Telefônica e GVT). São duas empresas grandes e se se concretizar, a Telefônica/Vivo vai ficar evidentemente muito forte — disse o ministro.
Apesar de a GVT não estar oficialmente à venda, o conselho da empresa, que pertence ao grupo francês Vivendi, estudará a oferta e decidirá o que fazer na próxima reunião, afirma um comunicado da companhia. A Telefónica propõe o pagamento de 60% em dinheiro (R$ 11,9 bilhões) e os 40% restantes em ações da Vivo, a marca da multinacional espanhola no Brasil. Com isso, a Vivendi teria assim com 12% do capital da Vivo. Com o aporte da GVT, a empresa se tornaria a "maior operadora de telecomunicações do maior mercado da América Latina", segundo a Telefónica.
Caso aceite a oferta, a Vivendi teria a possibilidade de adquirir 8,1% da Telecom Italia, cuja holding Telco, também controlada pela Telefónica, é a principal acionista. A Telefônica Brasil disse, por meio de comunicado, que a proposta feita pela GVT foi aprovada pelo Conselho de Administração e que os recursos seriam obtidos mediante aumento de capital. A operação, coso seja concluída, reforça, segundo a Telefonica, o compromisso da companhia no país. Diz ainda que a oferta é válida até o dia 03 de setembro, e que a aquisição estará sujeita as autorizações regulatória do Conselho Administreativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel
Perguntado se o negócio, caso seja realizado, se tratava de uma concentração de mercado, o ministro disse: — Claro que é uma concentração de mercado, que será avaliada pelo Cade, órgão responsável por essas questões. Tem também a questão regulatória, que deverá passar pela Anatel - afirmou.
Para o ministro, há um "frenesi” no mercado com esse “discuros de consolidação de setor", que serve de “descupla” para uma maior conccentração no setor de telecomunicações.
— Todo mundo que você vai conversar, sejam as empresas, sejam os investidores, falam muito em consolidação do setor. O governo e os órgãos competentes (Cade e Anatel) vão ter que olhar. O governo não pode e não vai tomar nenhum iniciativa de consoliação de mercado, promover esse tipo de ação. Por outro lado, não é proibido, a não ser que contrarie uma norma regulatória, que também pode ser contornada - analisou.
E complementou:
- Acho que, para o consumidor, sempre é bom ter muitas empresas e ter concorrência entre elas. Se surgir uma questão como essa (concentração), é evidente que o órgão do governo têm que ver e dizer o que vão fazer para impedir isso.


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